Domingo, 22.05.11, manhã de sol quente em Recife. Moto, mochila, instrumentos separados e saio de casa para conhecer Tatipirum. Cheguei à estação e me deparei com outras pessoas que fariam a mesma viagem. Apesar de todas as outras presentes já conhecerem o destino, a euforia e empolgação para mais uma ida era como se fosse a primeira vez. Confesso que o receio, o frio na barriga, a insegurança de conhecer o novo, logo foi esquecida e substituída por risadas ainda tímidas e uma vontade imensa de logo chegar a Tatipirum.
Alguns minutos para checar todos os passageiros, bagagens... todos prontos? Vapt! Partimos.
Em questão de segundos, percebi que já tinha chegado. Comecei a conhecer a "população" de Tatipirum ao mesmo tempo que ia conhecendo o local. Cada figuuuura. Alguns habitantes muito diferentes, estranhos, que até chegam a ser bem engraçados. Percebi que aos poucos, alguns olhares me viam como um "menino diferente", talvez um Raimundo, mesmo sem ter os olhos cada um de uma cor, muito menos a cabeça pelada.
Mas também pudera. Sentado numa pedra de madeira, com discos metálicos pendurados em galhos de ferro, vassouras no tamanho de um espanador (uma em cada mão) e com pássaros de bambu presos a um barbante que cantavam alegremente quando os rodavam. Tudo isso fazia um barulhinho bom, que se misturava aos sons daquele lugar e também com as vozes dos que habitam "A Terra dos meninos pelados". Uma fantasia mais do que realista.
E olhe que farei muitas outras viagens a esta Terra mágica. Pra que logo em breve, tantos outros possam ir conosco.
Desejaremos: merda, merda, merda, merda... as cortinas se abrirão, as luzes se acenderão, silêncio diante do palco. Eis a pré-apresentação entre palco e platéia. Por trás da maquiagem e por baixo dos figurinos, a luz dos que fazem o espetáculo. Luz que faz brilhar os olhos do público mais do que qualquer iluminação de palco. Logo, logo vocês conhecerão Tatipirum. Podem confiar.
Obrigado aos meus companheiros na minha primeira ida. E que estejamos juntos por muitas idas e vindas.
Por Fernando Ribeiro.
Chegadas muito boas. Duas somas. Ribeiro e Camila. Fico infinitamente feliz por sentir a alegria e a vontade de fazer que existe nas pessoas. O interessante, falado por Fernando nesse texto, é que a cada viagem a Tatipirum, parece sempre a primeira. O entusiasmo que existe a cada encontro é sempre novo, é sempre pulsante, renovado. Sem dúvida, tal postura desses viajantes, é uma mola propulsora. Temos muito o que fazer, novatos ou remanescentes, sem qualquer distinção, sabem da tafera pesada que teremos nos próximos encontros. Juntos, nas idas e vindas à terra de Raimundo, faremos tudo com o maior carinho e esmero. E aí? Vamos que vamos atrás dessa história?
ResponderExcluirBeijos a todos!
Seja bem vindo caro fernando, n se encabule de entrar nessa nave e viajar conosco, procure o melhor lugar p vc, o q mais se sentir melhor, ou seja, todos os lugares desde q se tenha vontade,disposiçao e amor pelo q faz...(para todos isso hem?!?!?!?)
ResponderExcluirEstou tomando coragem para escrever algo...hehehehehehe
Issooo!! Vão criando coragem mesmo pra escrever. O blog só se faz com todo mundo.
ResponderExcluirValeu, Erick. E coragem pra escrever? Que é isso rapaz. Ai de você(s) se o espetáculo se apresentar e não tiver sequer uma postagem de cada. (ahahah mal chegou e já tá se achando).
ResponderExcluirMas é isso, é muito importante esta exposição de sentimentos a cada ensaio e em relação ao trabalho como um todo.
Compartilhem!!!!!
Valeu moça (Leila) pelas palavras. E mais uma vez obrigado pelo convite e por ter sido minha "advogada de defesa". kkk Beeeeijos!
Fernando Ribeiro
Percussionista